OPA NACIONAL 2021

OPA NACIONAL 2021

Plenário 01

OS NOSSOS IDEAIS E TEXTOS FUNDADORES

Leia aqui no QUEM SOMOS. Ajudará a entender sobre o quê estamos trabalhando.

O PLENÁRIO 1 COMPLETO

– 23.01.2021

RESSONÂNCIA PÓS-PLENÁRIO

O PLENÁRIO 2 COMPLETO – 07.02.2021

O PLENÁRIO 3 COMPLETO – 20.02.2021

O PLENÁRIO 4 COMPLETO – 13.03.2021

O PLENÁRIO 5 COMPLETO – 27.03.2021

Vídeos das apresentações/orações do 1º Plenário

– 23.01.2021

Apresentação - Artes visuais

Apresentação - Grupo da Palavra

Apresentação - Sou católico(a)

Apresentação Dança - Ponto de partida

Apresentação Teatro - Pai-nosso

Apresentação Música - O pulsar das vidas

Comentário sobre o 1º plenário 23.01.2021
– Bito Telles –

“No princípio, era o verbo e mais nada. Nada existia”

Houve um momento, um momento único, muito, muito tempo atrás, em que, finalmente, houve.

Para cada um de nós, na barriga da nossa mãe, houve esse momento único em que o nosso coração começou a bater. Tum. Tum. Tum. Antes disso, o silêncio. Tum. Tum. Tum.

Este ritmo que nos põe em movimento e nos faz chegar até aqui. A página em branco, a linha na agulha, o obturador da câmera ainda fechado. O pé alongando, os passos não dados, acordes não dados e palavras ainda não escritas, aguardando pelo sopro do espírito para entrar em movimento.

Mas ritmo e movimento precisam de sentido. Tum. Tum. Tum. Nosso coração bate, mas para que? Em função de que?

Hoje foi um dia de discernir… de pensar nosso princípio e fundamento. Refletir sobre os nossos ideais, como Santo Inácio nos ensinou em seus exercícios espirituais.

Impossível desconsiderar o choque – o bom choque, diga-se de passagem – das gerações. Gerações geradas e guiadas por um ideário constituído e por uma corrente de amigos horizontalmente conectados pelo amor e que pertencem a Jesus Cristo, criador da igreja.

Cristo criou a igreja porque herdou o espírito criativo do Pai, o criador. Cristo, nosso irmão criativo nos ajuda a colocar luz naquilo que ainda não foi visto. Este espírito do criador está em mim e o ganhei de graça, fruto do amor de Deus. Tum, tum, tum… consegue sentir? Quando percebo isto, sinto o frescor que jorra da torneira de Deus. O ser humano, vulnerável, imperfeito, é potente e criativo. No princípio era Logos – no texto original em grego. Era o pensamento. E que maravilha que podemos pensar Deus e nos colocar diante de sua imensidão, do seu caminho.

Em oração, louvamos, reverenciamos e abrimos nosso coração para Ele. Estamos prontos para servir, vocacionados para o amor e para a paz que está nos corações, em todo o universo, no rosto de cada um. Queremos abraçar nossos iguais, queremos amar as pessoas, mais do que os projetos, queremos nos encontrar no olhar no outro, lá no fundo do outro, e encontrar abrigo no mundo todo.

Fazer isso tudo dá trabalho. Não há pílulas, ferramentas ou artefatos que fazem nossa vida ser apenas o descanso. Junto com o mandamento do descanso, vem o mandamento do trabalho. O descanso é plenitude, fruto do nosso impulso criativo. Nosso propósito é criar.

Mas isso a gente não faz sozinho. Fazemos isso com muita gente boa. Teimoso, eu vou… eu vou. Tum, tum, tum… Às vezes caio, mas eu me levanto, ajudado por mil mãos que estão sempre ao meu lado. Com a integração que nos é comum mil mãos são uma mão. Mil corações são um coração. Mil partes de um todo. Um. A integração nos faz sermos todos e cada um, como também é a trindade. Para integrar é preciso estar íntegro. Estar inteiro, pleno, potente… mas humilde, sem ego-trip. Para ser praia, é preciso ser grão de areia e não encher-se só de si, mas um pouquinho de cada um.

Criativos e integradores, só não podemos nos fechar em nós mesmos. É preciso olhar para fora. Avançar para águas mais profundas e lançar nossas redes. Comunicar é preciso. Subir nos telhados e fazer barulho. Fazer nosso tum, tum tum ressoar em todas as línguas. E as nossas notas se espalhem como fogo que também é vida, em harmonia perfeita, afinadíssimas e suspensas no tempo, sem pausas. Envolvidos pelo Espírito Santo, a gente sai em duplas, em grupos pequenos ou grandes. Nos colocamos em ação. Em movimento, motivados pelo motor primordial, cheios de alegria. O tempero da nossa comunicação é a graça. A comunicação é a representação daquilo que somos: múltiplos, diversos, complexos. E o sorriso – como o de Irala ouvindo este ideal em sua língua natal – é a nossa assinatura.

Este plenário foi nossa assinatura. Nossa marca. Leve e profundo. Acho que todos hoje saem daqui em paz nos corações. Paz universal. Paz cósmica. E que Deus seja tudo em todos. Tum, tum, tum…

 

Comentário sobre o plenário
– Lupe Rodrigues –

  1. A gente faz arte bem. Não arte professional, mas arte que reflete nós mesmos, que reflete nossa visão (a do OPA) da espiritualidade, de Deus.

  1. Mas falta oração. A oração dos místicos. A oração que reflete o auto-conhecimento, que reflete a nossa experiência individual de Deus. PROPOSTA: QUE CADA UM ANALIZE E REFORMULE (ou não) o CREDO. No que você acredita? Como você vive essa crença no seu dia a dia?

  1. Cuidado: Clericalismo, quadradismo, chatisse

  1. Introdução ao plenário: “O Convite aqui é pra “gente se re-conectar”; “oração: um ato humano de encontro com o sagrado”

QUESTIONAMENTOS/PROPOSTAS:

    • essa conecção com o espÍrito santo no início de cada trabalho artístico é uma boa prática. Ela é feita também no início de cada ato/iniciativa no nosso dia a dia?
    • Porque nos atermos SÓ à arte como estrategia pra ver Deus em tudo? A gente deve sim, praticar ver Deus em tudo através da arte, mas a pratica de ver Deus em tudo precisa ser EM TUDO;
    • Conecção: importancia da PARTILHA/COMUNIDADE (isso e’ o que o opa tem de mais especial, ainda que nao UNICO)
    • Queremos ORAR e ajudar os outros a ORAR” (isso o fazemos, certamente quando estamos juntos, mas somos mais esporádicos, menos disciplinados individualmente)
    • Queremos que nosso mundo mude pra melhor, Sabemos que quando NÓS mudamos, o mundo muda. A oração transforma. Temos nos transformado?
  1. Geração: Falhamos nessa renovação.

QUESTIONAMENTOS/PROPOSTAS:

    • Eu gostaria de sugerir 3 razões pra essa dificuldade de renovação:
    • A. “Somos um grupo de pessoas com um mesmo IDEAL” (sabemos qual o nosso ideal? Cada geração expressa esse ideal de forma um pouco diferente. Temos espaço pra irmos evoluindo e refinando esse ideal para que sua FORMULAÇÃO seja adaptada aos novos tempos, seja mais relevante? Mais atual?)
    • O que nos une não é (só) a amizade. Acho que e’ o amor da identificação. Se a gente fica fixado na amizade, começa a criar aquele sistema de “velhos e novos,” de quem “pertence” e quem “pertence” um pouco menos. Ecoando comentário espontâneo de Renata (ver gravação) “o que nos ancora, o que nos une, é a crença e a vivência em um ideário comum (a nível intellectual) Nos atermos a esse ideário no dia a dia é o nosso desafio individual. Como hoje, NO MUNDO, vivemos esse ideário, individual e coletivamente?
    • Obedecemos à Igreja Católica.” Problema: A Igreja Católica é hoje uma institutição muito problemática (o Espírito Santo nos mandou Papa Francisco, mas uma andorinha só não faz verão). Sim, no OPA nós emulamos as primeiras comunidades cristãs. Respeitamos e bebemos na água das tradições, da sabedoria e das experiências que estão armazenadas, protegidas e, através dos tempos, têm sido encorajadas pela Igreja Católica. Mas talvez pudéssemos mudar isso (no nosso ideário) pra “Obedecemos aquela comunidade de fé, idealizada por Jesus na última ceia, emulada pelas primeiras comunidades cristãs…” NO PROCESSO DE EVITAR OS ISMOS, EVITAR O CLERICALISMOS, TERIAMOS QUE RETOMAR NOSSA INDEPENDÊNCIA COM RELAÇÃO À IGREJA
  1. Que beleza!!! Estamos mudando a linguagem de gênero!!!

TEXTO “SOU CATÓLICO”

    • Espírito criativo: desarma o modo comum de ver as coisas; graça: entender “que assim na terra como no ceu” significa ver e estar com Deus, com o divino, com o Mistério é no dia a dia, a toda hora; SER HUMANO (muito bom term mudado de homem pra ser humano): é muito importante sermos mais ativos em acabar com o sexismo estrutural no opa.
    • EDITAR: “o HOMEM novo” NAO!!!!!
    • A gente fez uma trabalho melhor evitando o racismo estrutural no opa (ainda há muito que fazer!), mas de um modo geral nosa composição reflete a diversidade cultural e étnica do Brasil. Dá pra melhorar, mas estamos melhores do que muitos! O grupo de dança/expressão corporal fez um bom trabalho incluindo todas as idades, sem negligenciar o velho. O desafio é nã negligenciar ou subordinar o “novo.”
    • Oração e serviço: poderiamos fazer muito mais se integrássemos e conhecêssemos melhor nosas diversas iniciativas de cunho social, se nos polinizássemos, se tivesemos mais sinergia. Isso seria também uma forma de encontrar os jovens onde o coração e o interesse deles estão. Por exemplo, conhecemos um refugiado que falou no “Dois Pontos.” Quem está trabalhando com refugiado? Que necessidades têm? Como outros podem cooperar? Nizan patrocina a casa Santa Teresinha, quais as necessidades? Podemos cooperar? Renata fez um livro cuja venda reverteu pra um projeto lindo (me esqueço agora). Poderiamos re-editar e ajudar a vender para renovar a contribuição? ETC
    • O nosso “catolicismo” às vezes atrapalha o nosso “SER CATÓLICA”
    • TOLERÂNCIA: é o que há de mais atual!!!
    • Amar os outros mais que à Igreja

IDEAIS:

CRIATIVIDADE

    • Ageism” (expressão em ingles, de “idade” “age”) (ver #5 acima) 67-70 QUADRADINHOS, SÓ 11 PESSOAS COM MENOS OU POR VOLTA DOS 30 ANOS.
    • O LUCAS (sua reflexão) demonstrou o que estamos perdendo ao não conseguirmos nos deixar guiar plena e totalmente pelos ideais e práticas do jovens. Tem q. começar conosco, no nosso coração, antes que possamos mudar estruturalmente o opa… MAS… eu nao sei se temos que “mudar o opa,” talvez só tenhamos que aceitar que o modelo viveu sua missao. Sermos capazes de abraçar a POBREZA de deixamos pra tráz, de nos despirmos, daquilo que um dia amamos, e abraçar o novo, CRIAR o novo. Nesse processo, os únicos que podem nos GUIAR são os jovens. Os mais maduros podem apoiar, contribuir “carregando o piano” etc, mas o rumo TEM que ser dado pelos que “virão,” nao pelos que ja foram.
    • Criatividade e Descanso – esse nosso “ressurgimento” e’ fruto do tempo liberado pela pandemia, a oportunidade para a introspecçao. COMO MANTER ISSO NO FUTURO?

INTEGRAÇÃO

    • A gente faz bem Criação e Comunicação, mas menos bem Integração. Temos aprendido a integrar as artes no OPA. Me lembro como há 40 anos atrás os grupos trabalhavam muito separado. Os musicais mudaram isso. O desafio agora é tanto a integração das nossas vidas dentro do OPA com as nossas vidas fora do OPA, quanto a integração do nosso “eu” opista com o nosso “eu” fora do OPA (como Lucas disse: “Deus é um, e nós somos um”)
    • Modelo de integração é Jesus: QUESTIONAMENTO: Conhecemos Jesus? Eu decobri que não, que conheço e amo pouco Jesus. Tenho pouca intimidade com ele…Pra conhecer Jesus temos que conhecer com a Razão & Coração; falta-nos auto-conhecimento. Lucas pergunta: “o que eu nego em mim?” MUITO IMPORTANTE RESPONDER!!!

COMUNICAÇÃO:

Arlotta sugere: usar os 5 SENTIDOS. PROPOSTA: a gente poderia usar de forma mais intencional a metodologia inaciana

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