30 jul A Caixa de Pandora, um urubu pintado de verde
AUTORIA: Júlia Braga
ANO DE CRIAÇÃO: 2015
OBSERVAÇÃO
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Ao abrir a caixa de seu marido Prometeu, Pandora liberou as
tragédias que assolam os homens. Apesar disso, a esperança,
o sentimento que a chamava e clamava por liberdade, lá ficou
e é o meio pelo qual se encontra força para seguir adiante, pois
nos faz crer em um futuro melhor.
Assim como a Caixa de Pandora, quando foi aberta pelos filósofos
e cientistas renascentistas, a ciência liberou inúmeras criações e
possibilidades, que ora podem ser destinadas para causar as mais
graves mazelas aos humanos, e, ora é a própria esperança travestida
de tecnologia. Tal fato pode ser compreendido ao lembrarmos de
episódios de guerra: os aviões criados por Santos Dumont para unir
pessoas e encurtar distâncias foram também aqueles a bombardearem
nações, destruírem cidades e dizimarem famílias.
Apesar disso, acreditamos na ciência para construir um meio sustentável,
harmônico, onde seres humanos haverão de ter sua dignidade contemplada
e todas as suas necessidades básicas respeitadas. É através da ciência,
de pesquisas e tecnologia de ponta que já mapeamos o genoma humano
e salvamos diariamente milhares de pessoas; é também através da ciência
que conseguimos manipular alimentos e, deste modo, reduzir a fome;
aumentamos a expectativa de vida devido aos avanços da medicina;
iremos à Marte, fomos à lua e desbravaremos os céus nunca d’antes
conhecidos de Ícaro.
Apenas a ciência aliada à ética é capaz de promover mudanças e progresso
em prol do homem, e, são por essas mudanças que temos fé, temos esperança.
Esta é, como dizia Mário Quintana “um urubu pintado de verde”,
o que ainda vive e pulsa na Caixa de Pandora.
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