Papel da Arte, da Oração e da Esperança

Papel da Arte, da Oração e da Esperança

AUTORIA: Padre Clóvis Cabral SJ
ANO DE CRIAÇÃO: 2025

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QUERIDOS POETAS, AJUDEM-NOS A SONHAR:
A ORAÇÃO E A ARTE COMO INSTRUMENTOS DA ESPERANÇA

*Tema do Encontro OPA Regional Salvador, em 2025
Por Padre Clóvis Cabral SJ

 

“Com a roupa encharcada e a alma repleta de chão, todo artista tem de ir aonde o povo está. Se foi assim, assim será, cantando me desfaço e não me canso de viver nem de cantar” (Foi nos bailes da vida, canção de Milton Nascimento e Fernando Brant, 1981)

O mundo em que vivemos tem necessidade de beleza para não cair no desespero. A beleza, como a verdade, é a que traz alegria ao coração dos homens, é este fruto precioso que resiste ao passar do tempo, que une as gerações e as faz comungar na admiração. E isto por vossas mãos.” (Mensagem do Papa Paulo VI na conclusão do Concílio Vaticano II aos artistas,08/12/1965)

Nem todos são chamados a ser artistas, no sentido específico do termo. Mas, segundo a expressão do Gênesis, toda pessoa recebeu a tarefa de ser artífice da própria vida: de certa forma, deve fazer dela uma obra de arte, uma obra-prima.” (Carta aos artistas de João Paulo II, nº 2)

 

PARA INÍCIO DE CONVERSA

Para ajudar na introdução desta minha fala, recorro como instrumento metodológico a “audição” de uma canção na voz brasileiríssima de uma das mais belas vozes do cenário artístico nacional. A cantora é Maria Bethânia. A canção é uma (versão) de Chico Buarque e Ruy Guerra, para música “The impossible dream” de Joe Darion e Mitch Leigh. Essa canção faz parte da trilha sonora do espetáculo “O homem de la mancha”, versão de Paulo Pontes e Flavio Rangel para o musical da Broadway “Man of la mancha”, de Dale Wasserman. Foi composta em 1972, mas só foi gravada e lançada em 1975, no disco “Chico Buarque e Maria Bethânia Ao Vivo”. Ouçamos…

 

1. SOBRE SONHOS IMPOSSÍVEIS

“Sonhar mais um sonho impossível, lutar quando é fácil ceder. Vencer o inimigo invencível, negar quando a regra é vender. Sofrer a tortura implacável, romper a incabível prisão. Voar num limite improvável. Tocar o inacessível chão” (Sonho Impossível. Canção de Joe Darion e Mitch Leigh, versão de Chico Buarque e Ruy Guerra,1972)

Nelson Mandela nos ensinou: “Tudo parece impossível até que seja feito”. Este axioma enunciado por Mandela, ajuda-nos a dar um segundo passo nesta nossa conversa. Sonhar não implica em fuga da realidade. Uma pessoa sonhadora, desde o nosso ponto de vista, é alguém “com a roupa enxarcada e a alma repleta de chão”. Pode parecer paradoxal, mas somos convidados(as) a “sonhar com os pés no Chão”. Esta expressão “sonhar com os pés no chão” é utilizada para expressar a importância de ter uma visão concreta e ancorada na realidade, para que se possa tomar decisões baseadas em fatos e não apenas em abstrações.  “A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam” (Frei Betto). A ideia central é que a nossa forma de pensar (a cabeça) é moldada pela nossa vivência e pela forma como interagimos com o mundo ao nosso redor (onde os pés pisam).

 

1. 2. ONDE OS NOSSOS PÉS ESTÃO PISANDO: ÉPOCA DE MUDANÇA OU MUDANÇA DE ÉPOCA?

“Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará. A vida vem em ondas, como um mar, num indo e vindo infinito. Tudo que se vê não é, igual ao que a gente viu há um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo…” (Como uma onda, canção composta por Lulu Santos e Nelson Mota,1983)

Uma introdução para todo este tópico, encontramos na Exortação ApostólicaEvangelii Gaudium” (EG), assinada pelo Papa Francisco. Lá está dito:

O grande risco do mundo atual, com sua múltipla e avassaladora oferta de consumo, é uma tristeza individualista que brota do coração comodista e mesquinho, da busca desordenada de prazeres superficiais, da consciência isolada. Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem.” (EG, 2)

Nossas vidas se desenvolvem dento de um contexto histórico. Vivemos em tempo que tem sido definido não somente como uma “época de mudança” (a passagem cronológica para o ano 2000: conceito quantitativo do tempo), mas sim, como uma “mudança de época”: (destacando as profundas mudanças culturais: conceito qualitativo do tempo).

Cremos na mudança quando esta leva ao “progresso” e quando fortalece a esperança. No entanto observamos que, por uma parte, vivemos em uma “cultura de mudança” como estilo de vida, já que vivemos imersos nas mudanças, com as mudanças e na expectativa de mudanças permanentes, que gera um sentir e um pensar em termos do que é provisório, descartável e cambiável. Por conseguinte, vai se impondo entre nós uma mentalidade relativista, já que há uma tendência a se considerar que nada é absoluto, definitivo ou estável.

O Papa Francisco insistia que: “(…) O nosso [mundo] não é ‘um mundo que muda’, mas um mundo que já passou por uma  HYPERLINK “https://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/596093-uma-mudanca-radical-na-vida-da-igreja-artigo-de-enzo-bianchi”mudança radical. Justamente, uma mudança de época. Essa expressão, embora evocando complexas reflexões sociológicas e antropológicas, quer sinalizar uma verdade muito simples: a diferença entre nós e nossos pais não está no simples acúmulo de coisas que eles não possuíam (celulares, carros híbridos, Dazn, Amazon…). Claro, está nisso também. Mas a verdadeira diferença está no fato de que realizamos os gestos do cotidiano humano – como trabalhar, amar, pensar no futuro, educar, comer… – de forma qualitativamente diferente da deles. Ou seja, não vivemos apenas de outras coisas, mas vivemos o humano de sempre de uma forma milhões de vezes diferente da deles! Essa é a questão. Os novos objetos de hoje são como o indício de uma verdade mais profunda: é a maneira de estar no mundo como humanos que mudou profundamente hoje.”

 

1. 3. O MOMENTO EM QUE VIVEMOS

“Vivemos tempos de degradação civilizacional na sociedade humana em geral e no Brasil em particular. O mais correto, talvez, seja dizer: “Vivemos uma crise civilizacional planetária”. Assertivas sobre este fenômeno que marca os nossos tempos, com uma humanidade doente em um planeta igualmente doente, não são novidade. Também são muitos os estudos e as manifestações de toda ordem que se debruçam sobre a temática dos sintomas crescentes e explícitos do estado de gravidade dessa doença global. Muitos elementos se conjugam para a análise desse diagnóstico, que, segundo estudiosos, intelectuais e lideranças importantes, revela uma situação quase terminal.

Os principais sintomas são: A humanidade perdeu o seu “bom senso humano”, envolvida em superficialidades e com os seus valores fundamentais abalados. Entre estes valores estão a própria vida e a dignidade. É escancarada a síndrome da prepotência arrogante e autossuficiente de alguns pequenos grupos, mascarada de forma vil diante de todos(as). Existem sinais claros do descaso, que em muitas situações políticas, econômicas e sociais não é só equivocado, mas descaradamente irresponsável, resultando em acúmulo desumano de concentração de riquezas e na exclusão e na morte das pessoas mais sofridas, que são pobres, descartadas do mundo e vulneráveis em sua dignidade. Em diversos lugares, também, tornaram-se assustadoras as manifestações de racismos, xenofobias e preconceitos discriminatórios.

A humanidade sofre, sobretudo, de um descuido clamoroso para com o cuidado da vida, em todos os sentidos, no que se refere à “mãe terra” e à “Casa comum”. É a degradação, beirando à depravação, que ameaça os esforços e as conquistas civilizacionais da humanidade, após muita construção coletiva, muita luta e muito sangue.

O que estamos vivendo hoje no Brasil, em particular, nos faz voltar, mais do que nunca, para a triste herança que pesa de uma sociedade patriarcal, machista, racista, elitista, paternalista, escravagista e excludente, que ainda não conseguiu fazer as pazes consigo mesma e muito menos conseguiu amadurecer para um verdadeiro espírito republicano e uma prática da democracia.”

 

2. ESPERAR OU ESPERANÇAR?

“Muitos já me disseram, do verso que faço, que é efêmero traço da palha no vento. Muitos já me disseram que a paz não é certa e a morte não deixa esquecer seu momento…; Mas eu vou… Muitos já me disseram, que nada compensa ensinar a criança a evitar os espinhos. Muitos já me disseram, que nada compensa plantar uma flor no jardim do vizinho…; Mas eu vou…” (“Teimosia”, canção composta pelo Pe. Casimiro Irala, 1977)

A insistência pastoral do Papa Francisco com o tema da “esperança” deita raízes na história do cristianismo e tem uma fundamentação profundamente bíblico-teológica. O Papa Francisco não simplesmente fala sobre a esperança, mas ele faz uma “teologia da esperança”.

A “teologia da esperança” é uma perspectiva teológica dirigida à vida. A teologia da esperança foi defendida por muitos teólogos, embora o mais influente tenha sido Jurgen Moltmann, da Alemanha. As experiências de Moltmann em um campo de prisioneiros de guerra no final da Segunda Guerra Mundial levaram-no a um relacionamento pessoal com Jesus Cristo no qual a esperança desempenhou um grande papel. Isso influenciou subsequentemente seus estudos teológicos. Moltmann acreditava que a promessa de Deus de trabalhar no futuro é mais importante do que o que Ele fez no passado. A implicação deste foco no futuro não é o afastamento do mundo na esperança de que um mundo melhor de alguma forma evolua. Em vez disso, a teologia da esperança defende a participação ativa no mundo a fim de acelerar a chegada desse mundo melhor. De acordo com a teologia da esperança, o cristão deve ser impaciente e insatisfeito com o estado atual do mundo: “Fé, sempre que se desenvolve em esperança, não causa descanso, mas inquietação, não paciência, mas impaciência” (de Theology of Hope: for the 21st Century, SCM Press, 2021, p. 21).

Assim é que na Bula de Proclamação do Jubileu Ordinário do ano de 2025, encontramos logo na abertura do documento essas palavras:

“Todos esperam. No coração de cada pessoa, encerra-se a esperança como desejo e expetativa do bem, apesar de não saber o que trará consigo o amanhã. Porém, esta imprevisibilidade do futuro faz surgir sentimentos por vezes contrapostos: desde a confiança ao medo, da serenidade ao desânimo, da certeza à dúvida. Muitas vezes encontramos pessoas desanimadas que olham, com ceticismo e pessimismo, para o futuro como se nada lhes pudesse proporcionar felicidade. Que o Jubileu seja, para todos, ocasião de reanimar a esperança! A Palavra de Deus ajuda-nos a encontrar as razões para isso (…) ‘Uma vez que fomos justificados pela fé, estamos em paz com Deus por Nosso Senhor Jesus Cristo. Por Ele tivemos acesso, na fé, a esta graça na qual nos encontramos firmemente e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus (…). Ora a esperança não engana, porque o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado’ (Rm 5, 1-2.5).”

Um interlocutor fundamental a quem podemos recorrer para aprofundar essas nossas reflexões sobre a esperança cristã, é o Mestre Paulo Freire. É dele essas provocativas palavras:  “É preciso ter esperança, mas ter esperança do verbo esperançar; porque tem gente que tem esperança do verbo esperar. E esperança do verbo esperar não é esperança, é espera. Esperançar é se levantar, esperançar é ir atrás, esperançar é construir, esperançar é não desistir! Esperançar é levar adiante, esperançar é juntar-se com outros para fazer de outro modo (…). Não entendo a existência humana e a necessária luta para fazê-la melhor, sem esperança e sem sonho. A desesperança nos imobiliza e nos faz sucumbir no fatalismo onde não é possível juntar as forças indispensáveis ao embate recriador do mundo.   Não sou esperançoso por pura teimosia, mas por imperativo existencial e histórico. A esperança é necessidade ontológica.  É preciso ter esperança. Mas tem de ser esperança do verbo esperançar (…) Tem gente que tem esperança do verbo esperar. ‘Ah, eu espero que melhore, que funcione, que resolva’. Já esperançar é ir atrás, é se juntar, é não desistir. É ser capaz de recusar aquilo que apodrece a nossa capacidade de integridade e a nossa fé ativa nas obras. Esperança é a capacidade de olhar e reagir àquilo que parece não ter saída. Por isso, é muito diferente de esperar; temos mesmo é de esperançar!”

Também o pensador Byung-Chul Han, abre para nós uma outra janela, ao fazer uma conexão entre o “espírito da esperança” e o que ele nomeia de a “sociedade do medo”.

Para Byung Chul-Han “o medo circula como um espectro. Somos permanentemente confrontados com cenários apocalípticos: pandemia, guerra mundial, e catástrofe climática. O fim do mundo ou o colapso da civilização humana são invocados com premência cada vez maior (…). Apocalipses estão em alta. São até mesmo oferecidos como mercadoria… Não apenas na realidade, mas também na literatura e no cinema, o clima de fim de mundo se espalha (…). Estamos numa multicrise (…). O clima generalizado de medo sufoca qualquer broto de esperança. Com o medo se instala uma atmosfera depressiva. O medo e o ressentimento lançam as pessoas nos braços de populistas de direita, que atiçam o ódio.  (…).  O medo e o ressentimento crescentes causam o embrutecimento da sociedade como um todo. Isso, em última instância ameaça à democracia. A democracia pode ruir quando cedemos não medo. Medo e democracia são incompatíveis. A democracia prospera apenas numa atmosfera de reconciliação e diálogo. Aquele que dogmatiza suas opiniões e não escuta os outros não é cidadão. O medo é um popular meio de dominação, pois torna as pessoas obedientes e suscetíveis à chantagem. Em clima de medo, as pessoas não se sentem à vontade para expressar livremente suas opiniões, precisamente por temor de repressão (…). Hoje em dia temos até medo de pensar. A coragem de pensar parece ter sumido. Especialmente o pensar no sentido empático nos abre o acesso para o completamente diferente. No clima de medo, o igual prolifera. O conformismo se alastra. O medo bloqueia os acessos ao outro. O outro escapa à lógica da eficiência e da produtividade como lógica do igual (…). O medo sufoca qualquer amplidão, qualquer perspectiva, estreitando e bloqueando a visão. No medo o mundo nos parece uma prisão (…).”

 

3. O QUE FAZER? CINCO PRINCÍPIOS PARA A AÇÃO

“Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora não espera acontecer… Os amores na mente, as flores no chão, a certeza na frente, a história na mão… Caminhando e cantando seguindo a canção. Aprendendo e ensinando uma nova lição”. (“Para não dizer que não falei de flores”, canção de Geraldo Vandré, 1968)

A pergunta que emerge com força, imagino eu, em nossos corações, nesse momento, é esta: “O que fazer diante de tudo que aí está? Não tenho receitas. Não temos receitas prontas. O que pensei, agora para o final desta reflexão, é afirmar que precisamos “agir”. Individualmente também, más, mais e principalmente “agir coletivamente”. Ofereço alguns princípios ético-pragmáticos e filosófico-teológicos, que podem inspirar nossa ação, nossas ações, nestes tempos que nos toca viver e amar. Recordando o que nos ensina o Mestre Inácio de Loyola: “O amor se traduz mais em gestos do que em palavras”.

O saudoso sociólogo e educador social Herbert de Souza (Betinho), propunha cinco princípios para a ação:

1º Princípio – Todos (as) somos responsáveis por tudo.

2º Princípio – É preciso pensar globalmente, mas agir localmente.

3º Princípio – Só se pode propagar uma ideia (ético-política) vivendo de acordo com ela.

4º Princípio – O processo é também o objetivo; os meios devem ser tão dignos quanto os fins.

5º Princípio – O que não foi feito aqui e agora não cria um outro estado do mundo.

CONCLUSÃO: ALGUNS APELOS AOS ARTISTAS E AS PESSOAS SONHADORAS

“Meu Deus! É longa a arte. E é tão breve nossa vida!”. (Goethe em Fausto)

(…) Faço-vos um apelo a vós, artistas da palavra escrita e oral, do teatro e da música, das artes plásticas e das mais modernas tecnologias de comunicação. Este apelo dirijo-o de modo especial a vós, artistas cristãos: a cada um queria recordar que a aliança que sempre vigorou entre Evangelho e arte, independentemente das exigências funcionais, implica o convite a penetrar, pela intuição criativa, no mistério de Deus encarnado e contemporaneamente no mistério do homem.” (Cartas aos artistas, de João Paulo II, nº )

“(…) Gostaria de vos pedir para não vos esquecerdes dos pobres, que são os prediletos de Cristo, em todas as formas de ser pobre hoje. Também os pobres precisam da arte e da beleza. Alguns experimentam formas muito árduas de privação da vida; por isso, têm mais necessidade dela. Em geral, não têm voz para se fazerem ouvir. Vós podeis tornar-vos intérpretes do seu clamor silencioso.” (Discurso do Papa Francisco aos artistas, 23/06/2023)

Deixai-vos guiar pelo Evangelho das Bem-Aventuranças e que a vossa arte seja anúncio de um mundo novo. Que a vossa poesia no-lo mostre! Nunca deixeis de procurar, interrogar, arriscar. Porque a verdadeira arte nunca é acomodada; ela oferece a paz da inquietação. E lembrai-vos: a esperança não é uma ilusão; a beleza não é uma utopia; o vosso dom não é um mero acaso, é uma chamada. Respondei com generosidade, com paixão, com amor”. (Papa Francisco na homilia da Missa do Jubileu dos artistas e das pessoas de cultura, 16/02/2025)

 

***

A frase “Tudo parece impossível até que seja feito” (em inglês, “It always seems impossible until it’s done“) é uma citação popular atribuída a Nelson Mandela, mas não se encontra num texto específico de escrita dele, é bem mais, uma expressão de seu pensamento que foi popularizada e atribuída a ele em diversas situações, como palestras e discursos.   Embora não haja um texto original que contenha a citação exata, ela reflete a sua filosofia de perseverança e a capacidade de superar desafios que parecem intransponíveis. A frase é frequentemente usada para inspirar a inovação e a realização de metas, incentivando as pessoas a acreditarem que grandes feitos são possíveis, mesmo quando, à primeira vista, parecem não ter solução. Versões dessa mesma citação terão sido atribuídas a outros autores, como o Professor Daniel Wilson, autor do livro “Prehistoric Man: Researches into the Origin of Civilization in the Old and the New World” (1862) ou até a um filósofo romano, Gaius Plinius Secundus, mais conhecido por Plinio, o velho.

  PAULO VI. Populorum progressio: Carta Encíclica sobre o desenvolvimento dos povos. São Paulo: Paulinas, 1990; João Paulo II. Carta Encíclica Laborem exercens (Sobre o trabalho humano, por ocasião do nonagésimo aniversário da Rerum Novarum). São Paulo: Loyola, 1981.

  Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (CELAM): El Tercer Milenio como Desafio Pastoral (Informe CELAM 2000), octubre de 1997, p. 13

Uma mudança de época. Parte 2. “Opção Francisco”, por Armando Matteo, 10/02/2022. HYPERLINK “http://www.ihu.unisinos.br/”www.ihu.unisinos.br, capturado no dia 15/08/2025); Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (CELAM). Texto Conclusivo da Vª Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe (DAp), n. 44

Companhia de Jesus (Jesuítas). Marco de Orientação: Promoção da Justiça Socioambiental da Província dos Jesuítas do Brasil (BRA), 2021, p. 4-5

  MOLTMANN, Jurgen. Teologia da esperança: estudos sobre os fundamentos e as consequências de uma escatologia cristã. São Paulo: Loyola, 2005. Ver também: BLOCH, Ernst. O Princípio da Esperança. Rio de Janeiro: Contraponto/EdUERJ, 2006. Dentro de sua reflexão sobre a esperança, Bloch, detêm-se no que ele mesmo vai nomear como o “Princípio da Utopia” (Das Prinzip Hoffnung), na qual ele desenvolve uma fundamentação ontológica da utopia. Em vez de um lugar irrealizável, Bloch explora a utopia como um impulso inerente à condição humana, manifestado em contos de fadas, arte, religião e na busca por um futuro melhor e mais aperfeiçoado. A utopia, para Bloch, não é apenas uma ideia, mas um motor histórico-filosófico (e teológico) que orienta o ser humano para a realização de sua própria vocação, superando a realidade existente em direção a um estado absoluto de perfeição.

  FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

  HAN, Byung-Chul. O espírito da esperança: contra a sociedade do medo; Petrópolis, RJ: Vozes,2024, p. 9 – 15

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      Podcast (de IA) - sobre o texto do padre Clovis

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